Viver é como andar de bicicleta. É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio.

Albert Einstein

sábado, 14 de agosto de 2010

Um pouco de História - Batalha de Aljubarrota, 14 de Agosto de 1385

Desproporção de forças





Batalha de Ajjubarrota, 14 de Agosto de 1385:

- Portugal 6500 homens;

- Castela 31 000 homens;

- Portugal 1700 lanças, 800 besteiros, 4000 peões, (400 arqueiros ingleses);

- Espanha 5000 lanças, 2000 cavaleiros, 8000 besteiros, 15 000 peões, (800 cavaleiros franceses ) (alguns aliados portugueses).


A batalha :
A batalha começou pelo estrondear das novas catapultas, armas de fogo que os portugueses desconheciam, pelo que ficaram algo impressionados, mas estas armas ficaram destruidas logo apos os primeiros tiros, desfazendo-se e provocando mortes entre os próprios castelhanos, de tal forma era tosca a sua construção.
Refeita a primeira hesitação, a vanguarda de Nuno Álvares Pereira pôs-se em marcha, vagorosamente em direcção à extensa frente do inimigo.
Este foi um dos momentos cruciais da batalha, pois a frente de combate castelhana era muita larga e capaz de flanquear e envolver rapidamente as forças portuguesas.
Mas os cavaleiros castelhanos mais uma vez surpreendidos por verem os portugueses apeados, começaram a encurtar as suas lanças, partindo-as, para as tornar mais manejáveis.
A operação abrandou o seu ataque.
A cavalaria francesa atacou sem ordens, o seu ataque foi tão violento que toda a vanguarda portuguesa vacilou, rompeu ao centro e flectindo em ambos os lados, deixou penetrar pela brecha no seu campo quase toda a cavalaria inimiga .
À espera de ordens, que não foram dadas porque o ataque fora lançado antes de estar tudo preparado, as 2 alas castelhanas não se moveram para reforçar a investida.
Foi então que a táctica do quadrado funcionou na perfeição.
As 2 frentes de batalha portuguesa voltaram a unir-se reconstituindo a face do quadrado, cercando o ataque inimigo e cortando-lhe a fuga.
Depois foi quase um massacre, na ala direita portuguesa os arqueiros inglenses flechavam tranquilamente os cavaleiros franceses cercados.
A ala dos namorados acometia-os do seu lado com fúria.
E para tornar ainda mais mortífera esta ratoeira , D. João de Portugal, avançou com a sua reserva de 700 lanças, acabando de os esmagar entre a sua massa e a Ala dos namorados .
Desorientada, pela unidade do ataque e pela incompreensão do que se passava, a rectaguarda e uma das alas castelhanas recuou logo .
Foi o caos, pois quase atropelaram os seus bagageiros, produzindo uma confusão enorme, um pânico contagioso, que alastrou por todo o campo .
Foi o próprio rei de Castela o primeiro a dar o exemplo, fugindo com a sua escolta para Santarém que ainda se lhe mantinha fiel. O seu terror era tal que quando chegou a Santarém, entrou rapidamente num barco que o levou a uma das galés e partiu imediatamente para Sevilha.
Os portugueses redobraram então a energia e acabaram rapidamente com o inimigo, em vitória rápida e sangrenta.
Somente o Mestre de Alcântara aliado dos castelhanos fez um esforço para evitar a derrota, rodeando a posição portuguesa pela direita com sua cavalaria, para atacar a rectaguarda onde estavam os peões de D. João I de Portugal.
Mas já nessa altura o Condestável, já vitorioso pode ocorrer com a sua cavalaria e resolver a situação .
A debandada dos castelhanos foi de tal ordem que além do grande número de mortos, os portugueses conseguiram fazer milhares de prisioneiros e ficar com toda a bagagem inimiga.
No campo de batalha, as baixas portuguesas  foram cerca de 1000 mortos, enquanto no exército castelhano se situaram em aproximadamente 4000 mortos e 5000 prisioneiros.
Fora do campo da batalha terão sido mortos nos dias seguintes pela população portuguesa, cerca de 5000 homens de armas, em fuga, do exército castelhano.
Devido ao significado político da Batalha e aos seus numerosos nobres e homens de armas que aí morreram, Castela permaneceu em luto por um período de dois anos.

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